Marcas e o Metaverso: sua empresa está pronta para a Matrix do futuro?

Especialista marketing de conteúdo

Julia Ayres

Especialista marketing de conteúdo

Se você teve contato com algum meio de comunicação nos últimos seis meses, com certeza ouviu a palavra Metaverso. Seja pelo novo nome da empresa de Mark Zuckerberg, ou pela promessa de um mundo de infinitas possibilidades e interações que está chegando mais perto a cada dia.

Mas faz sentido para as empresas se inserirem nesta universo agora? O que já é realidade e o que ainda é um hype passageiro?

Bem, uma pesquisa do Google mostrou que até 66% dos consumidores estão interessados em usar Inteligência Artificial para orientar suas decisões de compra. E por que isso é importante neste contexto? Porque essa tecnologia é a base do Metaverso, uma vez que ela ajuda a ler, interpretar e interagir com os dados dispostos nesse novo universo digital.

Para entender melhor o panorama atual do metaverso, conhecer algumas marcas que já se aventuram neste ambiente e explorar o uso desse mercado que promete chegar aos trilhões no futuro, siga conosco!

O que é o metaverso?

O metaverso é, sem dúvida, um conceito que ainda está em processo de evolução. E que ganhou muita exposição quando a empresa Facebook decidiu em 2021 mudar seu nome para Meta Platforms Inc. No entanto, o conceito de metaverso não foi inventado pelos desenvolvedores do Facebook. E tampouco será será construído por uma única empresa.

O termo metaverso refere-se a uma visão muito mais global e futurista que encapsula possibilidades ilimitadas para as pessoas quando se trata de socializar, trabalhar, estudar, comprar, fazer exercício, entre outros. O grande diferencial dele é que todas essas experiências seriam feitas sem a necessidade de deslocamento físico, mas sim através do uso de tecnologias 3D, realidade aumentada e inteligência artificial.

Em outras palavras, o metaverso – união das palavras “meta” (além de) e “verso” (universo) – é uma realidade paralela compartilhada entre diversos usuários com experiências imersivas e interativas trazidas a tona a partir da tecnologia. Na descrição do próprio Facebook:

[O metaverso é] um conjunto de espaços virtuais onde você pode criar e explorar com outras pessoas que não estão no mesmo ambiente físico que você. (…) Não é necessariamente sobre passar mais tempo online – mas fazer com que o tempo que você passa online seja mais significativo.”

Facebook

Por todas essas possibilidades, empresas como Microsoft começaram a definir esse conceito como o mundo virtual que marca o início de uma nova era na internet.

Por que é importante que a sua empresa esteja inserida neste universo?

Hoje o metaverso é um local de incita muita curiosidade e, também por isso, gera muita publicidade para as marcas que já estão se inserindo nele. Mas, no futuro, ele será o local onde muitas das interações e conversões entre clientes e marcas acontecerão. Por exemplo, onde lojas de roupa poderão criar experiências mais imersivas e únicas, um espaço onde eventos de entretenimento terão uma infinidade de possibilidades de ativações e onde as empresas poderão prestar apoio e compartilhar conhecimento técnico de forma muito mais dinâmica.

A experiência do cliente dentro do metaverso pode acabar se refletindo na satisfação geral dele com sua marca, aumentando assim as taxas de retenção e fidelização. Por esse motivo, as empresas devem construir uma base sólida sobre a qual projetar e orquestrar de maneira inteligente e transparente qualquer tipo de atividade que ocorra no universo do metaverso.

A previsão de especialistas é que, apesar de já termos vários exemplos de ações no metaverso, este cenário deve se tornar realmente parte da sociedade em cinco ou dez anos. Um dos motivos para isso é que ainda é necessário que os equipamentos utilizados para uma imersão eficiente (como óculos, ponteiras e luvas) ainda precisam passar por um processo de redução de custos e capilarização.

As mudanças na experiência com a marca no metaverso

  • Maior imersão

Isso significa que a experiência começará a envolver muitos – se não todos – os nossos sentidos. Você achou que era impossível replicar sabores digitalmente? Mas já existem empresas que conseguem mostrar o contrário com histórias de sucesso.

Atualmente, por exemplo, pensar em fazer mercado através de telas “lambíveis” não parece mais uma ideia tão fora da casinha. Assim como a experiência de comer em um restaurante do outro lado do mundo sem sair de casa. Ou de provar uma roupa com um avatar que tem exatamente as mesmas medidas que você.

  • Maior interação

Através do design de dispositivos de realidade aumentada mais ergonômicos (luvas, roupas, óculos, etc), será possível unir muito mais o ambiente físico e o virtual para experiências que realmente permitam uma interação em tempo real.

O que as marcas podem realizar dentro do metaverso?

Como já falamos, as possibilidades para o metaverso são ilimitadas!

Agora no que diz respeito às marcas, a resposta dependerá de qual setor a sua empresa se insere. Aqui estão alguns dos exemplos:

  • Varejo

As maiores marcas de consumo já têm seus olhos voltados para o metaverso. E, de forma geral, na aceleração de seus processos de transformação digital e na capacidade de criar experiências realmente inovadoras e engajadoras para seus consumidores.

É o caso da grife de moda italiana, Gucci, que em colaboração com a Roblox começou a vender uma coleção de acessórios digitais. Afinal, os avatares também podem ser estilosos e diferenciados! O interessante é que a marca não está pensando apenas em como esse universo pode criar oportunidades para o mundo físico, mas também como ela pode criar novas possibilidades de negócio 100% digitais.

A varejista sueca H&M também já abriu uma loja no metaverso e em comemoração lançou uma coleção de roupas de festa específica para ser usada por avatares. A previsão é que, logo, os consumidores poderão comprar essas peças também em lojas físicas.

Ou seja, antes de você começar a pensar em que roupa seu avatar irá vestir nas suas reuniões sociais no metaverso, alguma marca já está se antecipando e criando uma coleção completa.

  • Games

O fato que o universo dos videogames é um dos mais beneficiados pelo uso da realidade virtual e a realidade aumentada é algo que não parece surpreendente, não é?

Um dos exemplos é da Epic Games, empresa que criou o Fortnite, e conseguiu levantar U$1 bilhão em investimento para iniciar seus planos no metaverso.

Além disso, a plataforma de videgame Roblox descreveu sua futura imersão neste cenário como um espaço onde “as pessoas podem se reunir em milhões de experiências tridimensionais para aprender, trabalhar, jogar, criar e socializar.”

  • Educação

O próprio Facebook (agora Meta) mencionou as possibilidades para o campo da educação no metaverso. Segundo o CBO da empresa, Marne Levine, o metaverso poderia criar experiências muito mais imersivas de aprendizado – independente se em relaçaõ a ciências, matemática, idiomas, história. É só pensar no impacto que o Minecraft teve no setor nos últimos anos e aumentar isso por milhares!

Segundo um estudo da PwC, estudantes que aprenderam algo através de realidade virtual são até 275% mais confiantes em usar as habilidades aprendidas após as aulas.

  • Entretenimento

Hoje, já existem clubes, exposições de arte e inúmeras ações de entretenimento rolando pelo metaverso. Elas podem ser desde shows de standup comedy no ambiente virtual, até verdadeiras baladas e passando por exposições de arte e galerias de NFT.

O Spatial, por exemplo, oferece inúmeras galerias para serem visitadas e permitem que os avatares interajam entre si ao longo das exposições e das visitações artísticas.

Também já existem conversas sobre a abertura de parques de diversão temáticos da Disney dentro do metaverso. E a Epic Games já convidou seus jogadores para assistirem a um show em tempo real do rapper Travis Scott.

Além disso, muitas marcas estão fazendo inserções em servidores e games que já rodam neste modelo de uma forma um pouco mais “tradicional”. Sabe o bom e velho outdoor? Então, ele também existe no metaverso e o Itaú, por exemplo, o usou para uma campanha na Cidade Alta, um famoso servidor de RolePlay. E a marca de cervejas Stella Artois patrocinou pistas de corrida de cavalo da Zed Run, dentro de uma plataforma de blockchain.

Aplicações e casos de uso que, desde agora, estão revolucionando o metaverso

  • Altspace VR: aplicativo pensado para que as pessoas possam socializar com outros avatares em diferentes eventos virtuais.
  • National Geographic App: aplicativo para que o usuário possa explorar diversos cantos do mundo e conhecer novas culturas em uma experiência virtual de altíssima resolução.
  • Supernatural: quer uma maneira melhor de se exercitar do que através de um app que permite treinar em paisagens surreais e com gamificação?
  • Spatial: um app para explorar o mundo da arte, frequentar galerias e exposições e interagir com pessoas que têm interesses similares.
  • Horizon Workrooms: software desenvolvido para a realização de reuniões. Ele foi originalmente lançando pelo Facebook e está revolucionando o teletrabalho. Além de trabalhar, você pode utilizar o app para estudar, convidar pessoas para o Realverse e participar de reuniões.

O que uma pessoa pode fazer no Metaverso por 24 horas?

Com a ajuda de nova rede 5G, que permite downloads e conexões à internet em tempo recorde, as pessoas podem criar direrentes tipos de avatares e que sejam adequados para cada ocasião e/ou atividade que eles se proponham a fazer no metaverso. Por exemplo:

  • Receber notificações
  • Ler notícias
  • Exercitar-se em todo tipo de esporte
  • Participar de eventos sociais (clubes, shows, piquiniques, saraus)
  • Consultas e agendamentos virtuais
  • Visitar outras regiões, países e monumentos
  • Participar de reuniões de trabalho
  • Assistir a aulas ou cursos

Quer ver um exemplo real disso? Uma jornalista do Wall Street Journal fez essa experiência de passar um dia no Metaverso e contou tudo nesta reportagem em vídeo:

Metaverso: uma das 8 grandes tendências para 2022

O CEO da Infobip, Silvio Kutic, apontou o metaverso como um das maiores tendências de comunicação para 2022 e próximos anos. Ele ressalta a importância de as empresas saberem desenvolver estratégias omnichannel e como o metaverso também já começa a fazer parte deste contexto.

A preparação para este futuro não se baseia necessariamente na criação de experiências de RA e RV. Trata-se de implementar sistemas que permitam às empresas a comunicação com os clientes no mundo digital do futuro.

Silvio Kutic, CEO da Infobip.

Para o diretor comercial da Infobip, Ivan Ostojic, as empresas precisam começar a experimentar e criar suas próprias jornadas de clientes dentro do metaverso. “O teste é a úncia maneira de aprender a mehorar e decidir qual é o caso de uso certo para o seu negócio no metaverso”, completa.

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Mar 14th, 2022
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